Imigrantes são maltratados no México

Imigrantes centro-americanos têm seus direitos humanos violados no território mexicano. Segundo a imprensa guatemalteca, um estudo do Grupo Regional de Organizações Protetoras dos Direitos Humanos dos Imigrantes (Gredemig) revela que as capturas no México são efetuadas pela polícia federal, judicial, de imigração, municipal e pelo exército.

Chiapas é o lugar onde mais imigrantes são interceptados pelas autoridades, que iniciam o processo de retorno dessas pessoas, com violações, o que requer das autoridades locais e consulares maior verificação.

Esta situação pode ser o reflexo das medidas anti-imigrantes dos Estados Unidos, que faz com que seja necessário revisar se todos os corpos de segurança têm mandato legal para atuar, indica o documento. Segundo Gredemig, os capturados permanecem de quatro a sete dias na prisão, em condições subumanas. Nos centros de detenção falta higiene, alimentação, água, atenção médica; os presos são colocados em celas comuns, "como qualquer delinqüente"; há agressões físicas e verbais.

As autoridades mexicanas estariam impedindo os capturados de se comunicarem com seus consulados. No processo de retorno, a maioria dos imigrantes não é deportada para seu país de origem, como os salvadorenhos e hondurenhos, que são abandonados na fronteira do México e Guatemala ou chegam à divisa de seu país em horários em que já não há serviço de transporte ou alojamento.

O estudo inclui um perfil dos imigrantes do México e América Latina que residem nos Estados Unidos, uma população que, de acordo com a investigação, é majoritariamente masculina, já que há 111 homens para cada 100 mulheres. Do total da população nascida no México, na América Latina e no Caribe que reside nos Estados Unidos, 47,5% são mulheres e 52,5% são homens; a maioria em idade economicamente ativa, de 15 a 24 anos (15,6%) e de 25 a 44 (48,7%).
Fonte:Adital