WP-ThGWU6Yg-LZQP372atnaqZcM Xenofobia contra advogada brasileira na Suiça | Imigrantes Brasil

Xenofobia contra advogada brasileira na Suiça

Uma advogada brasileira de 26 anos foi espancada e teve boa parte do corpo retalhado por estilete na Suíça por três homens brancos e carecas que pareciam skinheads, na noite de segunda-feira (9).

Paula estava grávida de três meses de gêmeas e com o espancamento sofreu aborto na mesma noite, quando foi socorrida e internada em hospital universitário de Zurique.

A brasileira é funcionária do grupo controlador dinamarquês A. P. Moller - Maersk. O ataque aconteceu quando ela estava na estação de trem de Dubendorf, pequena cidade a cerca de cinco quilômetros de Zurique, onde trabalha.

A brasileira foi arrastada pelos xenofóbicos até uma área cercada por árvores e atacada pelos homens por cerca de 10 minutos. Quando foi abordada, a advogada, que é branca, falava ao celular em português com a mãe, que mora no Brasil, o que faz aumentar a suspeita de que o grupo que a atacou é composto por simpatizantes nazistas. Um dos agressores tinha uma suástica na cabeça.

Algumas das marcas de estilete que atingem especialmente as pernas e a barriga da advogada formam a sigla SVP, do Partido do Povo Suíço, que defende políticas anti-imigrantes consideradas, muitas vezes, racistas pela oposição.

Em eleição parlamentar de 2007, um cartaz do partido exibia uma ovelha negra sendo expulsa por três brancas da bandeira da Suíça com os dizeres "Por mais segurança".

O pai da advogada, o assessor parlamentar Paulo Oliveira, viajou na terça-feira para o país. Ele disse ao "Jornal Nacional" que espera trazê-la de volta para o Brasil assim que ela estiver em melhores condições de saúde, o que pode levar cerca de 10 dias.

O ataque à brasileira grávida, supostamente praticado por grupos neonazistas, ocorre em um momento em que a Suíça discute a questão dos estrangeiros no país.

Em referendo nesta semana, projeto que facilita que cidadãos de países-membros da União Europeia morem e trabalhem na Suíça foi aprovado por 60% dos eleitores. Grupos políticos do país se opõem à flexibilização.

As letras SVP, talhadas no corpo da brasileira agredida em cidade próxima a Zurique, coincidem com a do Partido do Povo Suíço, que se posiciona contrario.

1 comentários:

BLOGZOOM disse...

Hoje de manhã, estava numa cafeteria e vi a reportagem. Não precisamos ter medo de sair de casa porque as grandes cidades brasileiras estão sofrendo com violência urbana, acontece em todo o mundo. Lá fora o que assustam são esses grupos com ideologias nada convencionais. Eles mereciam ser pegos e executados.