WP-ThGWU6Yg-LZQP372atnaqZcM Japão - Crise mundial afeta o emprego dos Dekasseguis | Imigrantes Brasil

Japão - Crise mundial afeta o emprego dos Dekasseguis

Ir para o exterior e conseguir um bom trabalho e fazer o “pé-de-meia” já foi o sonho de muita gente, principalmente os que emigraram para o Japão. Mas hoje a realidade é outra e a crise internacional está acabando com este sonho.

A crise se agravou de tal forma que os administradores japoness ligavam para os empregados pedindo que não fossem à fábrica, pois não havia serviço.

A falta de emprego não é o único problema enfrentado pelos dekasseguis, (expressão utilizada para denominar os que deixam a terra natal para trabalhar temporariamente no Japão, independente de terem ascendência oriental).Há brasileiros com dificuldade de retornar por não terem o visto da embaixada americana. Regra imposta a todos os estrangeiros, cujo avião faz escala nos Estados Unidos.

Com o anúncio oficial de que a economia do país está em recessão, as montadoras de veículos e fábricas de eletrônicos, principais pilastras da economia do Japão e também fontes de emprego dos dekasseguis, não param de anunciar quedas na produção e a diminuição de trabalhadores temporários.

O maior parceiro econômico do país asiático são os Estados Unidos, que já não consomem tanto. O mercado interno também não consegue absorver a alta produção. Como resultado, um grande número de brasileiros acaba recebendo a carta de demissão.

A grande quantidade de mão-de-obra parada também fez com que as poucas fábricas que ainda estão contratando se tornassem mais exigentes.

"Se antes, não exigiam o conhecimento da língua japonesa, agora passaram a exigir. Se aceitavam pessoas de até 55 anos, hoje, contratam somente quem tem até 45", explica Marcos Sakashita, 41 anos, da empreiteira K.K. Toki, de Okazaki, província de Aichi. Os salários também já não são os mesmos. Um trabalhador do setor de autopeças, um dos que mais atrai os homens brasileiros, ganha por hora até US$ 13. Agora, as vagas são em outras áreas, como a de alimentos e hotelaria, e cujo valor por hora não ultrapassa os US$ 8.

0 comentários: