A festividade do Divino Espírito Santo é oriunda dos Estados Alemães onde, inicialmente, foram praticadas durante a dinastia dos Othons e destinava-se a lançar fundamentos de uma instituição, que, na forma de um banco, formado de esmolas, acudisse os pobres nos anos de penúria. E como os invocantes eram reis os festejos conservaram os aspectos de realeza.
Da divindade que invocavam, do invocante que tomara a iniciativa, nasceram os festejos religiosos que a confraria imperial votava ao culto do Espírito Santo, costume este, que se propagou por toda a Europa.
Na França, a festa foi facilmente difundida. A folia do Divino, assimilada rapidamente, foi chamada “Folias do Bispo Inocente”, solenizada anualmente em São Martinho , de Tours. Daí à Península Ibérica, Portugal e suas colônias foi questão de tempo.
Em Portugal, nos começos do século XIII, a devoção ao Divino Espírito Santo é instituída sob a forma de festa pela Rainha Dona Isabel de Aragão, esposa do Rei Dom Diniz. Ela foi, em vida, grande protetora dos humildes e da religião católica apostólica romana. Para se ter uma idéia, em 1320, não se encontrava, em terras de Portugal, mais que uma capela e quatro hospitais debaixo da invocação do Divino Espírito Santo.
Em Portugal continental a devoção se alastrou e alcançou seu ponto culminante na era das Grandes Descobertas, ou seja, no século XV. De Portugal continental para as suas Colônias e Possessões dependeu, unicamente, do movimento colonizador.
A introdução da festa do Divino Espírito Santo, no nosso Brasil é tão velha quanto a colonização lusa. A Festa do Divino chegou ao Brasil no século XVI e há indícios de que, no Maranhão, ela tenha chegado com os açorianos entre 1615 e 1625. É uma das manifestações folclóricas mais ricas do estado. As mais famosas são as que acontecem no eixo São Luís - Alcântara. Apesar da origem comum e pequena distância entre as duas cidades, há algumas diferenças entre suas comemorações.
Em São Luís, o culto é marcado pelo sincretismo religioso. As tradição trazida pelos portugueses recebeu contribuições das culturas indígenas e, principalmente, africanas.
O evento não acontece na data tradicional e não há uma só festa na cidade. Cada comunidade faz a sua celebração em terreiros de mina diferentes. A Festa do Divino em São Luís está associada não só ao Espírito Santo mas também a outros santos católicos e de casas de culto afro-maranhenses.
Uma das mais famosas festas da cidade acontece na Casa de Fanti-Ashanti, fundada em 1958 por Pai Euclides, um dos pais-de-santo mais conhecidos e respeitados de São Luís. É o único terreiro de candomblé da região, o que influencia fortemente os demais ritos e celebrações que acontecem na Casa. Ali, A Festa do Divino acontece no primeiro domingo de julho, quando as tocadoras de bombos ou caixeiras, que participam de várias festas na região, encontram-se disponíveis para o evento.
O webdoc sobre a Festa do Divino registrou o evento em julho de 2001 na Casa Fanti-Ashanti. Além da entrevista com Pai Euclides e com o pároco da comunidade do Cruzeiro do Anil, o vídeo mostra o caminho percorrido pelos fiéis, da igreja para o terreiro. Apesar das claras influências africanas, várias características se mantém, como a representação do imperador que preside os rituais durante todo o tempo, a missa, a procissão e a partilha de alimentos.
A Festa do Divino Espírito Santo foi criada pelos alemães
Filed Under:
Africa,
Air Europa,
Alemães,
Alemanha,
Alemão,
Cultura,
Europa,
Festas Comemorativas,
França,
Francês,
Francesa,
Franceses,
Governo,
Portugal,
Portugueses
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário